Diretoria de Comunicação da Uerj
Pesquisadores do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg) e do Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação (HLA), ambos do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Uerj, estiveram presentes na comunidade Santa Marta, em Botafogo, realizando diversas atividades relacionadas à prevenção da Covid-19 durante o mês de fevereiro. Entre elas, aplicação de testes, coleta de material para sequenciamento de novas cepas e identificação da presença do coronavírus na região.
Com a participação de moradores que se voluntariam para trabalhar na organização dos procedimentos, foram aplicados cerca de 100 testes rápidos e de RT-PCR, cedidos pela Policlínica Piquet Carneiro. Para o professor Heitor Evangelista, trata-se de uma ação muito importante. “Somos um país em que não há uma política para testagem da população. Como a propagação do vírus segue uma tendência exponencial e os testes de RT-PCR são caros para o cidadão comum, cada pessoa diagnosticada representa um grande ganho para a sociedade como um todo”, afirma. Todos os testes que apresentaram resultado positivo serão posteriormente sequenciados para fazer o rastreamento da cepa que originou a infecção, identificando o surgimento de novas variantes.
Além da testagem, a equipe do Laramg deu continuidade ao trabalho de monitoramento individual do ar e de monitoramento de área para aerossóis, que já vinha sendo realizado em parceria com o HLA. A técnica consiste na utilização de dois equipamentos, um acoplado à pessoa e outro colocado no ambiente, com o objetivo de identificar a carga viral no ar. Além de detectar o Sars-CoV-2, é possível mapear outros vírus que possam ser prejudiciais à saúde.
Evangelista espera que o projeto venha a ser expandido em breve. “Estamos nos organizando para que, nos próximos meses, possamos repetir essas ações em outras comunidades, medindo vários parâmetros importantes para o mapeamento da carga viral, sequenciamento de novas cepas e realização da prevenção do coronavírus na cidade”, ressalta o professor.
A iniciativa contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
