Uerj sedia preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI

18/03/202418:20

Diretoria de Comunicação da Uerj

Comprometida com o desenvolvimento social e a inclusão, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) recebeu, entre os dias 14 e 16 de março, no campus Maracanã, as conferências temáticas Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social e Mais Meninas e Mulheres na Ciência: por uma agenda de equidade e interseccionalidade. Os encontros reuniram mais de mil pessoas, de diferentes setores da sociedade, para discutir divulgação científica, o impacto da construção de estereótipos de gênero e raças na carreira acadêmica, entre outras questões, com foco no crescimento e aprimoramento do país.

A programação integra a preparação para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento acontece em junho, em Brasília, com o tema “Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido” e tem caráter consultivo, com objetivo de propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), que deverá ser seguida pelos próximos anos (2024-2030).

Segunda mulher a exercer o cargo máximo na história da Uerj, a reitora Gulnar Azevedo e Silva destacou a simbologia da realização das conferências na instituição, que tem o compromisso de promover uma formação de qualidade para todos. “Entendemos que as universidades têm um papel fundamental para garantir a diminuição das desigualdades e o desenvolvimento do Brasil. Temos que trabalhar mais próximos de todos os territórios do Rio de Janeiro e dos movimentos sociais, ou não vamos muito longe”, pontuou.

A ministra do MCTI, Luciana Santos, com a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva

O evento teve a participação da ministra Luciana Santos, primeira mulher a ser nomeada para o MCTI, que ressaltou o papel da ciência em contribuir para a redução de desigualdades e apontar caminhos econômicos atrelados à inclusão social e à sustentabilidade. “Precisamos cada vez mais lutar para que não se negue nem se tente reescrever a história, assim como as evidências científicas, fundamentais para entendermos a nossa realidade”, defendeu.

Maria Helena Guarezi, representante do Ministério das Mulheres, ressaltou a importância da diversidade de pensamento e criação nos debates acadêmicos, espaços historicamente dominados pelo gênero masculino. “Espaços como estes dão visibilidade às barreiras existentes para o avanço das mulheres como cientistas e para a ocupação de lugares no mercado de trabalho. Se não interferirmos hoje, isso irá se perpetuar, alijando-nos de nossa criatividade, do acesso ao conhecimento e impedindo a sociedade de usufruir do nosso saber”, alertou.

Para Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, é necessário reconhecer as iniciativas e saberes dos povos originários, percebendo a diversidade de tecnologias populares e saberes ancestrais. “Precisamos conectar esse conhecimento ao laboratório, ao cientista, ao pesquisador e ao educador, pois é essa união que vai dar sustentação a um vasto programa de divulgação científica, popularização da ciência e de apoio às tecnologias sociais”, afirmou.

Visita institucional

Além das conferências temáticas preparatórias para a 5ª CNCTI, Luciana Santos e Maria Helena Guarezi também se reuniram com as pesquisadoras da Uerj que foram contempladas pelo Programa de Apoio à Jovem Cientista Mulher com vínculo em ICTs do Estado do Rio de Janeiro. O edital, lançado em 2023 pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), visa dar suporte a projetos científicos de excelência, liderados por mulheres, que utilizem metodologias inovadoras e que visem, preferencialmente, à criação de novas linhas de pesquisa.

No encontro, as docentes puderam apresentar seus trabalhos desenvolvidos nas áreas de “Ciências da vida”, “Ciências exatas, tecnológicas e multidisciplinar” e “Humanidades”. Conheça as iniciativas.

Fotos: George Magaraia.