Diretoria de Comunicação da Uerj

Workshop discutiu as conquistas e os desafios do Centro, que projeta uma internacionalização da pesquisa na Ilha
Trocar experiências e aproximar o contato entre profissionais de diferentes setores foi o objetivo do primeiro “Seminário de Pesquisadores da Baía de Ilha Grande”, realizado entre os dias 28 e 30 de novembro. Celebrando os 20 anos do Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (Ceads) em prol da preservação ambiental e da rica produção de pesquisas, o evento contou com participação de aproximadamente 50 professores, estudantes e gestores ambientais. De acordo com a organização, a intenção é que o encontro seja realizado anualmente, passando a fazer parte do calendário da comunidade acadêmica da universidade.
Além de serem celebradas as conquistas, também foram debatidos os desafios do Ceads para o futuro. Nos primeiros anos, o Centro contava com 12 grupos de pesquisa. Hoje há 35 grupos desenvolvendo trabalhos em equipes que contam com até cinco pessoas. Para a coordenadora técnico-científica, Sonia Barbosa dos Santos, agora é hora de expandir o acesso da biodiversidade da Ilha para novas fronteiras. “O número de pesquisas aumentou muito nos últimos anos. Temos uma expressiva produção científica”, disse Sonia.
Marilene de Sá Cadei foi a primeira diretora nomeada do Ceads. A professora, que hoje é coordenadora de extensão, ressaltou a importância de um evento para aproximar os pesquisadores e apontou um dos principais desafios operacionais. “Por mais que todos trabalhemos na Ilha, nem sempre temos a oportunidade de nos encontrar. Foi muito proveitoso porque tivemos a oportunidade de conversar, ver o trabalho um do outro, conversar com os alunos”, elogiou Marilene. “Por um lado a grande riqueza é ter uma área maravilhosa de Mata Atlântica, mas, por outro, é um desafio lidar com os problemas de logística e infraestrutura que ocorrem numa ilha” avaliou.
Resumos dos trabalhos apresentados no seminário serão publicados no site do Ceads em janeiro, ainda sem data definida.
CEADS e o trabalho em conjunto
O Ceads trabalha em conjunto com diversas instituições que atuam na Ilha Grande, incluindo outras coordenadorias da UERJ, além de órgãos governamentais e outras instituições de pesquisa. Com palestras que abordavam temas como sustentabilidade, turismo e geração de emprego e renda, participaram do evento profissionais de órgãos como: Instituto Estadual do Ambiente (INEA); Ecomuseu Ilha Grande (ECOMIG); Organização das Nações Unidas (ONU); Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (IBRAG); Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), entre outros.
Há 11 anos em atividade, o Ecomuseu da Ilha Grande começou com apenas um prédio com espaço expositivo. Ao longo do tempo, foram sendo criadas sedes com bibliotecas, oficinas, artesanatos, parque botânico, entre outras instalações, que se dividem em nove construções. O Ecomuseu conta com 20 funcionários entre efetivos e bolsistas, e recebe 15 mil visitantes por ano, além de impactar toda a comunidade da Ilha e de municípios vizinhos.
“A integração com o Ceads é fundamental, é o nosso irmão mais velho. Temos uma necessidade de parceria, seja para compartilhar infraestrutura, logística, e também desenvolver projetos conjuntos”, afirmou Gelsom Rozentino, diretor do Ecomig.
Ex-diretor do Ceads e atualmente à frente da Faculdade de Oceanografia, Marcos Bastos considera o Centro fundamental para a integração de diferentes unidades da Uerj na Ilha. “Ao longo destes 20 anos de trajetória, o Ceads estimulou a integração das várias unidades acadêmicas da Uerj, dentre as quais a Oceanografia, através de um arranjo multidisciplinar, seja através da pesquisa, da extensão e do ensino contextualizado”, disse.
Gestor do Parque Estadual da Ilha Grande, Tercius Barradas destacou a parceria para o trabalho de conservação realizado no local. “O Ceads é um parceiro fundamental nos objetivos da unidade de conservação. A gestão de desenvolvimento e a pesquisa são essenciais e estão em plena concordância com os objetivos do plano de manejo do INEA para o Parque da Ilha Grande. O Centro ainda nos ajuda a entender melhor a biodiversidade e os ecossistemas onde atuamos”, pontuou.