Uerj é destaque no Rio Innovation Week 2024 com mesas-redondas sobre saúde, navio laboratório e mais de 200 projetos

19/08/202417:37

Diretoria de Comunicação da Uerj

O Palco Pedro Ernesto e um auditório de 140 lugares foram os cenários da participação da Uerj no Rio Innovation Week 2024, quarta edição de um dos maiores eventos globais de tecnologia e inovação, realizado de 13 a 16 de agosto no Pier Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro. Ao longo do evento, aconteceram nesses espaços cerca de 30 mesas-redondas sobre temas como inovações em doação de órgãos, cirurgias robóticas e humanização, sequenciamento genético avançado, geração de startups e soluções em saúde, cuidados com idosos e tecnologia, saúde digital e inteligência artificial, entre outros. A Universidade apresentou mais de 200 projetos em 40 miniestandes e expôs um navio laboratório para estudos oceanográficos.

A reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, destacou o papel inovador que a Universidade e o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) sempre ocuparam na área da saúde pública no Brasil. “A Uerj foi uma das instituições onde se iniciou o debate sobre a unificação do sistema público de saúde. Na história do SUS, o Pedro Ernesto tem um lugar muito especial, e foi na Uerj que tivemos um reitor, o professor Hesio Cordeiro, que foi fundamental na construção do Sistema Único de Saúde”, ressaltou.

Mesa de abertura destacou inovação do Hupe

Ronaldo Damião e Gulnar Azevedo e Silva (ao centro) com palestrantes e equipe da Uerj no evento

Na mesa de abertura da participação da Uerj, o pró-reitor de Saúde (PR5), Ronaldo Damião, sublinhou a importância dos debates e das apresentações de pesquisas e da tecnologia desenvolvidas na Universidade em um evento de projeção internacional. “Tivemos gente de muita qualidade apresentando grandes inovações e pesquisas, com o objetivo de divulgar o que está sendo feito na Universidade”, apontou Damião.

Em seguida, Eliete Bouskela, professora do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Uerj, diretora científica da Faperj e presidente da Academia Nacional de Medicina, reforçou a importância do SUS e da presença de um hospital do nível do Pedro Ernesto no estado. “Hoje, a Faperj e a Uerj procuram pontes entre universidade e empresas, necessárias para que o Brasil e o Rio de Janeiro possam inovar. Precisamos mais do que trabalhos científicos, o Brasil precisa que a ciência permita fazer de uma invenção uma real inovação”, endossou Eliete.

O diretor do Hupe, Rui de Teófilo e Figueiredo Filho, observou ser essa a primeira vez no Rio Innovation Week que um palco é construído com o nome de um hospital associado a uma universidade. “É um reconhecimento ao papel que a Uerj tem tido no Rio de Janeiro. Quando falamos do Pedro Ernesto, na verdade, falamos de um grande complexo”, acentuou ele, acrescentando que o Hupe é um hospital com característica mista, que une assistência e função acadêmica, além de ser voltado também para inovação e pesquisa.

Navio laboratório recebeu visitantes

No primeiro dia do evento, um dos destaques do Palco Pedro Ernesto foram as discussões sobre os avanços dos transplantes cardíaco, renal, de medula e de córnea. A mesa “Transplante cardíaco: avanços tecnológicos e desafios da prática assistencial” descreveu o acompanhamento humano ao paciente e à família, ressaltando a alta complexidade de todo o processo, além de aspectos técnicos. Apresentou também o depoimento de um transplantado, revelando o impacto dessa tecnologia para a qualidade de vida do paciente. Além disso, um coração artificial foi exposto como exemplo do avanço tecnológico nessa área.

Outro destaque foi a visitação, aberta ao público, do navio laboratório da Faculdade de Oceanografia (Faoc) da Uerj, com 31 metros de comprimento e capacidade para até 30 pessoas. A embarcação conta com equipamentos de coleta e de processamento de dados, um veículo subaquático, além de um dessalinizador para produção de água doce. Segundo o vice-diretor da Faoc, Marcos Bastos, um evento como o Rio Innovation Week tem a capacidade de agregar projetos diversos voltados para o futuro. “As ciências do mar estão atualmente dentro da agenda global para 2030, com a proposta da ONU de que 2021-2030 seja a Década do Oceano, por isso, considero importante a Universidade apresentar o nosso navio laboratório no evento”, concluiu.

Fotos: George Magaraia