Diretoria de Comunicação da Uerj
O Parque Botânico do Ecomuseu Ilha Grande completa cinco anos de existência, no dia 12 de novembro, e reúne uma coleção de plantas vivas brasileiras organizadas sob a forma de acervo ecomuseológico. Seu plantio inaugural foi realizado, em 2015, pela comunidade que reside, trabalha ou visita o local. Na época, o evento promoveu o plantio coletivo de mais de 200 mudas de plantas nativas relacionadas à história do homem na Ilha Grande.
Para comemorar a data, o Parque Botânico programou uma série de vídeos intitulada “Essa planta é nossa?”, apresentando as espécies vegetais exóticas e nativas da ilha, como o palmito-juçara, a cotoneteira e a palmeira imperial. A série terá duas postagens semanais, durante todo o mês de novembro, com o intuito de contribuir para o conhecimento, apropriação, sustentabilidade e conservação dos recursos naturais da Ilha Grande, que se destacam entre os mais importantes do Brasil. Os vídeos estão disponíveis no canal do Ecomuseu Ilha Grande no YouTube.
Segundo a coordenadora, Cátia Callado, o parque foi idealizado em 2002, quando a estrutura funcional do Ecomuseu Ilha Grande foi estabelecida. Nesse mesmo ano, teve início o inventário das plantas que iriam compor a sua coleção. “Esse é um diferencial nosso. A coleção se inicia com um intenso inventário florístico das espécies que ocorrem na Ilha Grande, associado a um inventário documental do registro de uso de plantas neste território, incluindo pesquisas arqueológicas nos sítios de sambaquis, relatórios de exploração de madeira desde o período colonial e as publicações científicas sobre a flora local”, explica a professora.
Como unidade acadêmica da Uerj, o Parque Botânico do Ecomuseu Ilha Grande está voltado à difusão do valor multicultural das plantas e sua utilização sustentável, além de ter como objetivo proteger espécies raras e/ou ameaçadas de extinção, atuando no seu registro, documentação e conservação, no intercâmbio científico, técnico e cultural com entidades e órgãos nacionais e estrangeiros e na capacitação de recursos humanos.
“Nos últimos anos, a Ilha Grande transformou-se de área de segurança nacional, onde funcionava um presídio de segurança máxima, em região turística, pelos seus recursos naturais, históricos e culturais. Nesse contexto, a Uerj desempenha um papel fundamental na produção de conhecimento, divulgação e conservação do ambiente, cuja importância foi ratificada com o título de primeiro e único sítio brasileiro reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial de Cultura e Biodiversidade. Em todo o mundo, existem apenas 39 sítios nesta categoria mista”, conta a coordenadora.
As atividades do Parque Botânico acontecem sob o amplo conceito do Ecomuseu, compreendendo todo o território da Ilha Grande como um grande museu a céu aberto. Cátia destaca as ações voltadas ao avanço do conhecimento científico nas áreas botânica, histórica e sociocultural da Ilha Grande, à capacitação de recursos humanos e popularização da ciência.
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