Diretoria de Comunicação da Uerj
“Planta é bicho? É gente? Não. Por isso, ninguém se importa.” Foi a resposta do professor Israel Felzenszwalb a um questionamento sobre a carência do tema de botânica no Vestibular da UERJ. Essa afirmação surgiu como um clique na cabeça de Israel, que se viu na responsabilidade de disseminar conhecimento sobre a vida botânica. Assim, surgiu a ideia de escrever uma série de livros para crianças e o cientista tornou-se autor de livros infantis.
“Eu nunca tinha me visto como escritor, só de artigos científicos”, admite o pesquisador, professor do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (IBRAG). Desde 1975 no Departamento de Biofísica e Biometria, ele dedicou quase a vida inteira ao meio acadêmico.
A ideia do primeiro livro, “As Plantas”, deu início à “Coleção Meio Ambiente” para crianças de dois a três anos. Depois disso, surgiu a obra “Como um certo rei da floresta aprendeu tudo sobre as plantas com uns professores muito estranhos”, uma verdadeira aula de botânica destinada a crianças maiores. Na coleção, foram publicados os livros “As Plantas”, “A Água”, “A Terra” e “O Ar”, adotados em escolas e também traduzidos para outras línguas como inglês, francês, alemão e hebraico.
Após o lançamento do livro “O Ar”, um casal que havia perdido o filho procurou o professor Israel com uma proposta sobre um novo livro que enfatizasse a importância do ar para os seres humanos. Surgiu o livro “Tem perigo no ar!”, lançado em 2017, com a preocupação de mostrar, além dos poluentes presentes no ar, o que pode acontecer se o cérebro ficar sem oxigênio, as possíveis sequelas e o mau funcionamento do corpo. O livro transmite, de forma lúdica, um alerta a crianças e pais sobre brincadeiras que envolvem a respiração.
Além dos livros infantis, Israel também colaborou com o colega professor do IBRAG e fotógrafo Antonio Carlos de Freitas, na produção do livro “O Macaco Dourado: Bioma Mata Atlântica”, publicado com o apoio da FAPERJ, que busca mostrar a beleza da fauna e da flora de diversos ecossistemas. Como objetivos futuros, Felzenszwalb pretende dar continuidade à coleção de biomas brasileiros e, assim, contemplar e ensinar mais sobre outras belezas do país.
