Parent in Science, movimento brasileiro com participação da Uerj, vence prêmio internacional da Editora Nature

30/10/202113:08

Diretoria de Comunicação da Uerj

O movimento brasileiro Parent in Science, do qual faz parte a professora Eugenia Zandoná, do Laboratório de Ecologia de Rios e Córregos do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, da Uerj, venceu uma importante premiação: o Nature Research Awards for Inspiring Women in Science. O grupo foi laureado na categoria destinada à Divulgação Científica, na última quinta-feira, 28 de outubro.

A iniciativa visa a premiar, celebrar e apoiar as conquistas das mulheres cientistas e de todos que trabalham para encorajar meninas e mulheres jovens a se envolverem e permanecerem na ciência. É a primeira vez que um projeto do Brasil ganha o prêmio, que é uma parceria da editora Nature com a companhia Estée Lauder. O Parent in Science receberá US$ 40 mil, além do convite para apresentações e mentorias na empresa apoiadora.

Segundo Eugenia Zandoná, o grupo foi premiado pelo “trabalho na sistematização de dados e luta pela implantação de políticas de apoio às mães na academia”. Ela comemora o feito: “O prêmio da Nature representa uma importante conquista para nós do Parent in Science, pois reconhece os nossos esforços ao longo dos últimos cinco anos para quantificar o impacto da chegada dos filhos na carreira dos cientistas brasileiros, especialmente das mulheres”.

As ações do Parent in Science buscam formas de superar um dilema comum a muitas trabalhadoras. “Lutamos por políticas de apoio para que as mães cientistas não tenham que escolher entre a carreira e a maternidade. Esse prêmio, além de reconhecer a importância e urgência da nossa pesquisa, ajudará a aumentar a nossa visibilidade – também internacionalmente -, dando mais suporte às nossas pautas e às demandas das mulheres mães”, completa.

Na Uerj, o assunto vem sendo abordado e gerou a publicação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 80/2020, que amplia o período de contagem de pontos no processo seletivo para o Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística (Prociência). “Em 2020, fundamos o Grupo de Trabalho (GT) de Mães Cientistas da Uerj e pedimos para considerar o impacto da maternidade em diferentes frentes, como em editais internos, processos seletivos e progressão funcional na universidade, por exemplo nas avaliações do Prociência e do BPC”, salienta Zandoná.

Foto: J.R. Amaral