Levantamento com alunos de graduação aponta que quase 90% dos respondentes têm acesso à banda larga

29/07/202011:02

Diretoria de Comunicação da Uerj

Já estão disponíveis os resultados preliminares do levantamento sobre acesso às tecnologias de informação e comunicação digitais, que vem sendo realizado junto aos estudantes da Uerj desde o final de junho. Os números divulgados por enquanto referem-se aos cursos de graduação. Até o dia 21 de julho, foram preenchidos 8.519 questionários, que correspondem a cerca de 30% do total de matrículas ativas.

Nesta fase inicial da pesquisa, desenvolvida por um grupo do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), um dado que chama a atenção é o alto índice de alunos com acesso à banda larga: quase 90%. “Ainda que este número possa estar superestimado, acreditamos que o percentual de estudantes sem o recurso não chegue a 20%”, afirma o coordenador do trabalho, Luiz Augusto de Souza Carneiro de Campos.

De acordo com o professor, a metodologia empregada engloba duas etapas. “Primeiro, lançamos o questionário virtual e aberto para coletar respostas a mais de 40 perguntas, não só sobre acesso às tecnologias da informação, mas também sobre o estado emocional dos alunos”, esclarece Campos, acrescentando que a segunda parte do levantamento se inicia na próxima semana. “Nós começaremos a fazer contato telefônico com uma amostra aleatória dos estudantes que não participaram. Isso é importante para estimarmos quantos destes que não responderam não têm acesso à internet.”

Confira outros dados revelados no levantamento:

– Atividades remotas – a maior parte dos graduandos que preencheram os questionários aprova a oferta de atividades acadêmicas de forma remota com uso de tecnologias durante a quarentena (um total de 67,82%, sendo que 39,04% deles concordam totalmente e 28,78%, parcialmente); já os contrários somam quase 30% (14,13% discordam totalmente e 15,55%, parcialmente).

– Internet no celular – a parcela majoritária de 83,39% dispõe de acesso à rede 4G; já 16,54% não contam com o recurso;

– Equipamentos – a ampla maioria dos respondentes possui smartphone de uso pessoal (92,22%); já em relação a outros aparelhos, os percentuais são menores: 49,87% têm notebook próprio e 23% o utilizam compartilhadamente; enquanto 17,36% usam computador pessoal e 15,19% dividem este equipamento com outras pessoas;

– Frequência de acesso – cerca de 75% dos estudantes acessaram a internet todos os dias pelo celular nos últimos dois meses; número semelhante foi apurado quanto ao acesso por computador, notebook ou tablet;

– Principais problemas – entre as razões para a falta de conexão, 7,74% apontam o preço alto como motivo; outros pontos citados foram a ausência de computador no domicílio (2,26%) e a indisponibilidade do serviço na região (1,29%);

– Graus de dificuldade diferentes – cerca de 6% dos cotistas raciais (negros e indígenas) e oriundos da rede pública indicam não ter acesso à banda larga, percentual maior do que seus colegas da ampla concorrência (aproximadamente 2%);

– Local de estudo – a maior parte dos estudantes (44,66%) afirma ter um espaço em casa para exercer as atividades da Universidade com privacidade, sempre que necessário, e 27,48% possuem na maior parte do tempo; em contrapartida, 11% não podem dispor de tal local, em nenhum período de tempo.

Em breve, serão divulgados os resultados preliminares referentes aos alunos do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp) e da pós-graduação.

A pesquisa continua aberta no site www.inclusaodigital.uerj.br, onde os resultados preliminares também podem ser consultados. De acordo com a coordenação do trabalho, a proposta é ter atualizações constantes desses dados.