Fórum de Diretores discute ajustes no calendário acadêmico, após desocupação dos manifestantes

26/09/202411:28

Diretoria de Comunicação da Uerj

Na manhã desta quarta-feira (25), aconteceu a reunião do Fórum de Diretores das Unidades Acadêmicas e Administrativas da Uerj, na qual foram discutidos os cenários após a desocupação dos prédios da Universidade. A pauta abordou os trabalhos de reparo nas áreas atingidas por depredações, encaminhamentos após o reinício das aulas e um amplo debate sobre as alternativas de reposição das atividades docentes, com ajustes no calendário acadêmico deste segundo semestre.

Fórum de Diretores realizou um amplo debate sobre as alternativas de reposição das atividades docentes

Na abertura das discussões, o vice-reitor Bruno Deusdará fez um informe geral sobre fatos que envolveram as negociações para o fim da ocupação, lamentando que o descumprimento da ordem judicial pelos manifestantes tenha levado à ação policial solicitada pela 13ª Vara do Tribunal de Justiça. Com a reintegração de posse e a vistoria dos prédios, ficou comprovado que o cenário de destruição patrimonial foi maior do que se imaginava. O vice-reitor também falou sobre os equipamentos desaparecidos, danificados ou adulterados e o trabalho dedicado e valoroso que tem sido feito pelas equipes de manutenção e limpeza da Uerj, em sua maioria compostas por terceirizados, com o apoio de muitos integrantes da Administração Central.

Com as falas dos diretores, ficou muito clara a preocupação geral com a necessidade de restabelecer um ambiente de paz para a retomada das atividades letivas, denunciando ações ainda em curso de intimidação de docentes, constrangimento de estudantes que querem voltar às aulas e a dificuldade de dialogar com quem não aceita posições divergentes das suas. Alguns depoimentos apontaram a importância de garantir o direito à manifestação, desde que ela não prejudique o pleno funcionamento da Universidade.

Logo após, o pró-reitor de Graduação (PR1), Antonio Soares, apresentou duas alternativas para o ajuste no calendário acadêmico com o objetivo de compensar os dias em que prédios da Uerj tiveram as suas atividades acadêmicas paralisadas. A diretora da Faculdade de Engenharia, Maria Eugênia Gouvêa, fez outra sugestão, considerando as condições diversas e excepcionais que cercaram o impedimento das aulas. Não sendo instância deliberativa, mas consultiva, o Fórum produziu uma série de contribuições para embasar a decisão – que caberá às instâncias do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe).

O Fórum também ouviu da professora Ana Santiago, pró-reitora de Extensão e Cultura (PR3), informes sobre a realização da Uerj Sem Muros, ainda sem data definida para acontecer, mas com a sua organização já em curso.

Ao final, a reitora Gulnar Azevedo e Silva falou sobre a necessidade de todos buscarem a civilidade nas relações, após a crise, considerando como muito graves os episódios de violência que seguem se multiplicando nas relações entre alunos e professores. A reitora pediu que todos os diretores de unidade contribuam para reestabelecer o clima de solidariedade e respeito na Uerj: “Precisamos estar unidos na defesa da universidade pública e da democracia”, afirmou.