Diretoria de Comunicação da Uerj
Na manhã desta quarta-feira (25), aconteceu a reunião do Fórum de Diretores das Unidades Acadêmicas e Administrativas da Uerj, na qual foram discutidos os cenários após a desocupação dos prédios da Universidade. A pauta abordou os trabalhos de reparo nas áreas atingidas por depredações, encaminhamentos após o reinício das aulas e um amplo debate sobre as alternativas de reposição das atividades docentes, com ajustes no calendário acadêmico deste segundo semestre.
Na abertura das discussões, o vice-reitor Bruno Deusdará fez um informe geral sobre fatos que envolveram as negociações para o fim da ocupação, lamentando que o descumprimento da ordem judicial pelos manifestantes tenha levado à ação policial solicitada pela 13ª Vara do Tribunal de Justiça. Com a reintegração de posse e a vistoria dos prédios, ficou comprovado que o cenário de destruição patrimonial foi maior do que se imaginava. O vice-reitor também falou sobre os equipamentos desaparecidos, danificados ou adulterados e o trabalho dedicado e valoroso que tem sido feito pelas equipes de manutenção e limpeza da Uerj, em sua maioria compostas por terceirizados, com o apoio de muitos integrantes da Administração Central.
Com as falas dos diretores, ficou muito clara a preocupação geral com a necessidade de restabelecer um ambiente de paz para a retomada das atividades letivas, denunciando ações ainda em curso de intimidação de docentes, constrangimento de estudantes que querem voltar às aulas e a dificuldade de dialogar com quem não aceita posições divergentes das suas. Alguns depoimentos apontaram a importância de garantir o direito à manifestação, desde que ela não prejudique o pleno funcionamento da Universidade.
Logo após, o pró-reitor de Graduação (PR1), Antonio Soares, apresentou duas alternativas para o ajuste no calendário acadêmico com o objetivo de compensar os dias em que prédios da Uerj tiveram as suas atividades acadêmicas paralisadas. A diretora da Faculdade de Engenharia, Maria Eugênia Gouvêa, fez outra sugestão, considerando as condições diversas e excepcionais que cercaram o impedimento das aulas. Não sendo instância deliberativa, mas consultiva, o Fórum produziu uma série de contribuições para embasar a decisão – que caberá às instâncias do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe).
O Fórum também ouviu da professora Ana Santiago, pró-reitora de Extensão e Cultura (PR3), informes sobre a realização da Uerj Sem Muros, ainda sem data definida para acontecer, mas com a sua organização já em curso.
Ao final, a reitora Gulnar Azevedo e Silva falou sobre a necessidade de todos buscarem a civilidade nas relações, após a crise, considerando como muito graves os episódios de violência que seguem se multiplicando nas relações entre alunos e professores. A reitora pediu que todos os diretores de unidade contribuam para reestabelecer o clima de solidariedade e respeito na Uerj: “Precisamos estar unidos na defesa da universidade pública e da democracia”, afirmou.