Elisabete Matar, psicóloga e servidora aposentada, recebe título de Técnica Administrativa Emérita da Uerj

11/12/202511:40

Diretoria de Comunicação da Uerj

Em solenidade realizada na última segunda-feira (8) no Teatro Noel Rosa, no campus Maracanã, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) concedeu o título de Técnica Administrativa Emérita à servidora aposentada Elisabete Matar Freire de Carvalho. A honraria, destinada a servidores inativos com no mínimo dez anos de serviços prestados à instituição, reconhece aqueles que se distinguiram pela conduta ética, moralidade funcional e contribuição singular ao cumprimento das finalidades universitárias.

Estiveram representadas no palco da solenidade, além da Reitoria, Pró-reitorias, Centros Setoriais e a Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP). Antigos colegas de trabalho também prestaram suas homenagens.

Ao lado do vice-reitor Bruno Deusdará na mesa solene, a reitora da Gulnar Azevedo e Silva se declarou feliz em poder reconhecer e homenagear a trajetória de uma técnica muito querida e afirmou que a homenageada representa a competência dos mais de 5.700 técnicos administrativos da Uerj, sendo mais da metade mulheres. “É a primeira vez que a Universidade concede este título a uma mulher”, ressaltou Gulnar.

“Gostaria de dizer que, quando a homenagem à Bete Matar foi aprovada no Conselho Universitário (Consun), houve uma grande alegria geral. O Conselho inteiro vibrou, presencial e virtualmente, com parabéns unânimes. Isso tem um valor imenso”, acrescentou. Se dirigindo à homenageada, Gulnar completou: “tenha certeza de que a Universidade como um todo reconhece que você é a nossa grande Técnica Emérita. Parabéns!”, finalizou.

Profissional dotada de uma forte marca pessoal

Solenidade reuniu autoridades universitárias e colegas de trabalho da homenageada

Companheiro de trabalho de Elisabete Matar desde a década de 1990, quando trabalhou em uma sala vizinha à dela, Mauro Behring, atualmente lotado no Departamento de Seleção Acadêmica (Dsea) da Uerj, citou, em tom bem humorado, a personalidade forte de Bete, como é conhecida.

“Era reconhecida por sua atuação firme nos movimentos de servidores da Universidade. Uma pessoa que sabe se posicionar, leal e confiável, daquelas em que a gente pode se apoiar sem medo, amiga no sentido mais pleno que essa palavra pode ter. Profundamente obstinada, movida por um compromisso raro com aquilo que acredita. Aprendi muito com esse traço da sua personalidade, e levo para minha vida”, relembrou.

Também presente na mesa, Jônatas Aarão, superintendente da SGP, ressaltou a marca pessoal que Elisabete deixou por onde passou na Universidade. “E essa marca está na SGP. A Superintendência hoje ‘é o que é’ muito por causa do seu trabalho, pelo que ela desempenhou e pela marca que imprimiu, e que ainda vive por meio dos nossos colegas no dia a dia”, elogiou.

Longa trajetória

Elisabete Matar permeou sua fala de agradecimento com referências ao desenvolvimento de sua filha Raquel, intimamente ligado, segundo ela, à sua atuação na Uerj. Lembrou quando a filha ainda pequena chegou a dormir por várias vezes no sofá da antiga Superintendência de Recursos Humanos (SRH), enquanto a mãe discutia com mais calma, fora dos horários agitados do dia, pautas importantes em reuniões noturnas que muitas vezes passavam das 22h.

“Agradeço à minha irmã Ana Lúcia, sempre presente, e a meus pais, cujo desejo e apoio me guiaram. Agradeço ainda a todos os companheiros, amigos e parceiros que caminharam comigo, episódio após episódio, nesta jornada de tantos aprendizados. Não foi fácil, mas valeu cada passo. Se fosse preciso, eu faria tudo novamente”, disse emocionada.

Atuação em diversas áreas

Formada em Psicologia pela própria Uerj, Elisabete, carinhosamente chamada de “Bete” pelos colegas, foi uma das pioneiras na implantação da área de Psicologia do Trabalho e das Organizações na Universidade. À frente da antiga Superintendência de Recursos Humanos (SRH), agora SGP, liderou um amplo projeto de reformulação setorial, no qual priorizou a valorização dos servidores e a humanização das práticas administrativas.

Iniciou sua trajetória na Uerj em 1976 no Instituto de Psicologia e, ao longo de mais de quatro décadas, atuou em diversos setores, como a SRH, o Departamento de Estágios e Bolsas (Cetreina), a Coordenação de Avaliação e Desenvolvimento de Novos Programas (Cadenp), o Departamento de Fomento ao Ensino para Graduados (DEPG), o Centro Biomédico (CBI), a Diretoria de Planejamento e Orçamento (Diplan) e o Departamento de Seleção Acadêmica (Dsea). Sua atuação envolveu desde a gestão de pessoas até o planejamento estratégico e a seleção acadêmica, consolidando uma visão abrangente do funcionamento da Universidade.

Presidiu a Associação dos Servidores da Uerj (precursora do Sintuperj), representou os técnicos no Conselho Universitário (Consun) e contribuiu para a redação do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro. Entre 2003 e 2006, atuou como chefe de gabinete da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Saúde (MS), durante a gestão da ministra Nilcéa Freire, levando sua experiência na Uerj à esfera federal.

Fotos: George Magaraia