Diretoria de Comunicação da Uerj
Com inscrições abertas até o dia 10 de agosto a pesquisadores residentes em todo o território nacional, o Prêmio Uerj de Divulgação Científica 2025, promovido pela Editora da Uerj (Eduerj), está recebendo ensaios científicos inéditos, que devem ser escritos em linguagem acessível e atraente para o leitor não especializado. O lançamento oficial do edital, já disponível no site da Eduerj, aconteceu em um evento literário e acadêmico no último dia 10 de junho, na Capela Ecumênica do campus Maracanã.
O vencedor terá sua obra publicada gratuitamente e lançada em cerimônia na Uerj, enquanto segundo e terceiro colocados receberão menções honrosas. Para participar, é necessário possuir o título de doutorado. Professores de quatro universidades farão parte da banca examinadora.
Estímulo à popularização da ciência
Segundo o editor-executivo da Eduerj Gustavo Bernardo Krause, a premiação busca ampliar o alcance da pesquisa acadêmica nacional para o público em geral. “Trata-se de um desdobramento do Prêmio Uerj de Literatura, que ocorreu em 2024. Os dois prêmios terão frequência bienal, acontecendo sempre em anos alternados”, explica.
Krause destaca a importância da iniciativa para o estímulo à popularização da ciência, ao fortalecer os meios para que o conhecimento acadêmico ultrapasse os limites da Universidade e alcance a sociedade. “É essencial produzir livros que não sejam apenas adaptações de teses, mas obras redigidas de forma clara e acessível, voltadas para o leitor comum”, reitera.
O objetivo, complementa ele, é atender não só a especialistas, mas a qualquer pessoa interessada em adquirir conhecimento, independentemente da área de pesquisa. “O texto deve ser escrito sem hermetismos, em ‘língua de gente comum’, com didática e fluência, a fim de facilitar a compreensão e estimular o interesse do público”, sustenta o editor.
Público em crescimento
A premiação, considera Krause, reforça o objetivo principal da editora: ampliar o diálogo entre a Uerj e a sociedade. Para ele, trata-se de uma preocupação institucional em devolver à população, por meio do conhecimento acessível, os investimentos feitos na universidade pública. “A Eduerj cumpre esse papel fundamental quando vai além da simples reprodução de teses acadêmicas. É preciso transformar o conteúdo em obras pensadas para o público, com trabalho editorial que garanta qualidade e linguagem adequada à divulgação científica”, argumenta.
De acordo com o editor, o público brasileiro para divulgação científica está em crescimento, mesmo que muitos não identifiquem certas obras como tal. “O interesse por história, política e temas científicos é real, impulsionado também pelo acesso de novas gerações ao ensino superior. Há demanda por ciência acessível, especialmente em tempos de negacionismo e de crise climática. O mercado existe, a vontade de ler também, cabendo às universidades alimentar esse diálogo”, propõe.
Sobre a importância da iniciativa, Krause destaca que, além da capacidade de divulgar a Uerj nacionalmente, a premiação agrega um selo de qualidade ao trabalho vencedor, que ganha relevância ao ser publicado por uma editora universitária com sólida reputação acadêmica. “Oferecemos um catálogo respeitado, com mais de 600 títulos, incluindo obras internacionais e traduções, o que comprova nossa trajetória consistente. Embora não seja a maior editora do país, a Eduerj se destaca como uma das melhores em seu segmento”, finaliza.
Livro literário premiado teve noite de autógrafos
Integrando as comemorações dos 75 anos da Universidade, o evento que marcou a abertura da premiação científica incluiu também o lançamento do livro “São Sebastião”, de Luis Felipe Abreu, vencedor do Prêmio Uerj de Literatura 2024, com direito a sessão de autógrafos do autor.
Na ocasião, foi organizada uma mesa com a participação da reitora Gulnar Azevedo e Silva, do vice-reitor Bruno Deusdará, do editor-executivo da Eduerj Gustavo Bernardo Krause, de Luis Felipe Abreu, e das juradas da premiação literária Ieda Magri e Adriana Lisboa, ambas escritoras.