Projeto GAPsi UERJ: lugar de acolhimento e cuidado

13/05/201916:10

Diretoria de Comunicação da Uerj

O Grupo de Apoio Psicológico (GAPsi) é um projeto de extensão e pesquisa que traz a proposta de terapia comunitária com grupos em situação de sofrimento com alunos da UERJ. As reuniões são realizadas quinzenalmente no 10º andar no campus Maracanã. A premissa dos encontros é ser um momento de troca, acolhimento e cuidado. O objetivo não é oferecer um tratamento de psicoterapia e sim um trabalho mais voltado para a prevenção.

O GAPsi surgiu como um projeto de extensão e pesquisa que traz a proposta de terapia comunitária com grupos em situação de sofrimento. No começo, as reuniões eram direcionadas ao público externo, como funcionários de hospitais e escolas. Com o tempo, devido à demanda vinda dos próprios alunos da UERJ, o grupo passou a focar nos estudantes. As reuniões são abertas a toda a comunidade acadêmica de qualquer curso, tanto da graduação como da pós-Graduação.

Coordenada pela professora Eleonôra Prestrelo, do Instituto de Psicologia (IP), a equipe é composta por mais duas estagiárias e é vinculada ao “Laboratório Gestáltico: configurações e práticas contemporâneas”, também do IP. O projeto já funciona há quase sete anos e a coordenadora ressalta a importância de iniciativas como o GAPsi e a necessidade de espaços de escuta em ambientes como universidades.

“A realidade da vida acadêmica impacta de diversas formas a vida do estudante. A conjuntura da Universidade e os seus acontecimentos recentes trazem um sentimento de pressão e incertezas que aumenta o sofrimento dos estudantes. Nós buscamos dar um suporte”, afirma a professora que teve o projeto como campo de uma tese de doutorado sobre a prática de cuidado.

As reuniões são realizadas quinzenalmente no 10º andar no campus Maracanã. A premissa dos encontros é ser um momento de troca em que os alunos se sintam livres para compartilhar sentimentos sobre situações que os afetam e causam algum tipo de angústia ou sofrimento. Mesmo com os depoimentos e estudos que comprovam os benefícios e impacto do grupo na vida dos participantes, a coordenadora procura deixar claro que o objetivo não é oferecer psicoterapia, mas sim um espaço de acolhimento e cuidado. “A proposta do grupo não é fazer terapia propriamente dita. Nosso trabalho é mais voltado para a prevenção. Assim a gente consegue minimizar algo que pode desencadear uma questão maior, um determinado adoecimento. Nossa proposição é cuidarmos para que não se chegue a um comprometimento maior em sua qualidade de vida e sua forma de estar no mundo”.

Além das reuniões quinzenais, o grupo também atua durante a semana de recepção dos calouros do curso de Psicologia para apresentar o projeto e ao mesmo tempo mostrar a importância de cuidar daqueles que se dispõem a cuidar do outro. O projeto, que já publicou artigos e foi apresentado em eventos e congressos, agora busca alçar voos mais altos que ampliem as possibilidades de atuação do GAPsi, como parceria com outras universidades. É através de momentos de troca, acolhimento e cuidado que o grupo quer contribuir para que os estudantes tenham uma vivência saudável na Universidade e que reflita além dos muros da UERJ.