DCI fortalece acordo com universidade espanhola

03/07/201910:30

Diretoria de Comunicação da Uerj

A Diretoria de Cooperação Internacional (DCI) recebeu no mês de junho representantes da Universidade Politécnica de Valência para divulgar a parceria fechada com a Faculdade de Engenharia Cartográfica. Referência nas áreas de ciência e tecnologia na Espanha, a Universidade possui 13 escolas (o que equivale às nossas faculdades) divididas em 3 campi, distribuídos pela cidade de Valência. Além de estreitar os laços com a UERJ, a visita também buscou discutir projetos em conjunto e reforçar a participação dos estudantes de ambas instituições em programas de intercâmbio. 

A parceria é mais um convênio da DCI com universidades de fora do país, que buscam promover programas de cooperação e intercâmbio de docentes, pesquisadores e discentes. Atualmente são 17 estudantes estrangeiros na UERJ, a maioria de países como França, Espanha e Portugal. Por ano, são abertos dois editais para alunos da graduação que desejam estudar fora do país. Para participar, é feita uma análise curricular e de proficiência na língua nativa do país de desejo. Para a professora Gleyci Moser, representante da DCI e professora da Faculdade de Oceanografia, a oportunidade de fazer um intercâmbio traz um ganho cultural muito grande na vida de qualquer pessoa. “Muito mais que estudar e enriquecer o currículo. O estudante passa a viver experiências em outros sentidos. A gente sente que ele volta modificado”. 

Natural da cidade de Valência, Macarena Parrizas Siles, 28 anos, veio estudar na UERJ como parte do seu Mestrado. Formada em Engenharia Geomática, a estudante teve experiência como intercambista quando passou um ano na Alemanha. De volta à Espanha, passou a trabalhar na Oficina de Relações Internacionais quando conheceu o professor Jorge Nunes, especialista em Fotogrametria, campo do seu projeto final. Foi o que despertou o desejo de vir para a UERJ. “Eu gosto muito daqui porque  eu tenho um laboratório onde trabalhar e todo um espaço e liberdade que eu preciso. No dia comemorativo do cartógrafo eu tive a oportunidade de fazer uma palestra e senti o interesse das pessoas no meu trabalho. Desde que cheguei aqui, eu recebi muito apoio da comunidade acadêmica que me mostraram lugares de fora da Universidade. Sempre me senti muito agrupada”, relatou a estudante.

Entre as dificuldades de morar em outro país, Macarena destaca a língua como a responsável pelos seus primeiros apuros no Rio. “Quando eu cheguei aqui eu não falava nada de português. Tentava falar espanhol devagar, mas as pessoas não me entendiam. Aos poucos estou conhecendo mais pessoas no Brasil e aprendendo um pouco mais sobre a língua”. No Brasil desde fevereiro deste ano, a estudante fica até julho, quando volta para a Espanha. Mas o retorno ao seu país natal não é um adeus definitivo, já que pretende voltar em breve. “Eu gostei muito do Brasil. No começo estava com receio, tinha uma imagem sobre o país em mente, mas muita coisa mudou. Sempre tinha pessoas perguntando se estava tudo bem comigo. Alguns colegas me mostraram a cidade, me ajudaram a encontrar um lugar para morar. Gosto muito de morar no Rio, da musicalidade da cidade, especialmente o samba. Fui ao desfile das escolas de samba no Carnaval. Gostei muito”.

A Universidade de Valência é a melhor universidade politécnica da Espanha, com destaque na pesquisa e profissionalização.